Hoje ocorreu mais um evento de incidência de raio numa aeronave em pleno vôo. Na maioria dos casos, a energia elétrica flui pela superfície metálica das asas e da fuselagem sem grandes danos à aeronave. Neste caso ocorreu um problema mais grave, a descarga atmosférica provocou pane e incêndio em uma das turbinas da aeronave da Turkish Airlines, que transportava pouco mais de 100 passageiros mais a sua tripulação no momento do incidente. Felizmente este acidente não teve consequencias mais graves. O sistema de combate a incêndio da aeronave foi capaz de debelar o fogo na turbina, a aeronave conseguiu pousar no aeroporto da cidade de Smirna sem maiores problemas e com todos os passageiros e tripulação íntegros.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Alta tensão no campo: o perigo dos raios em áreas de estocagem de álcool
Nos últimos anos temos observado que o agronegócio tem sido o esteio do desenvolvimento econômico do Brasil. Quando os negócios no campo crescem, eles puxam quase todos os demais setores da economia. E numa área específica do agronegócio esse crescimento traz consigo um aumento de risco envolvendo descargas atmosféricas: a produção de álcool.
Temos verificado que a demanda por álcool (principalmente para combustível) aumentou significativamente, tanto pelo crescimento da frota de veículos flex como pela necessidade de mistura de etanol na gasolina nacional.
Tudo isso leva a uma necessidade de aumento de produção e, consequentemente, aumento na capacidade de estocagem deste produto.
Neste caso, mais locais para armazenamento de álcool nas usinas, temos mais chance de ocorrência de acidentes com raios nessas instalações. É óbvio que na fase de projeto desses empreendimentos, esse fator de risco é levado em conta pelos engenheiros e que medidas de proteção são tomadas.
Mas começamos a observar os relatos de acidentes com explosão de tanques de armazenamento de álcool em função de ocorrências de descargas atmosféricas.
Em 2007 ocorreu um evento na usina Comanche no município de Canitar, no interior de São Paulo. Neste evento ocorreu a morte de um funcionário da usina em função do incêndio que se sucedeu à explosão e nove milhões de litros de álcool anidro foram queimados.
Neste início de ano, mais dois acidentes semelhantes ocorreram em municípios paulista e goaino. Um deles ocorreu em Ourinhos-SP e outro em Caçu-GO.
http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2013/01/explosao-atinge-tanque-de-alcool-de-usina-em-ourinhos-sp.html
http://www.diariodeourinhos.com.br/noticia.asp?codnot=9153
http://www.jornalcandeia.com.br/regiao/66-slideshow/3920-ourinhos-explosao-atinge-tanque-de-alcool-de-usina.html
http://portalternurafm.com.br/area/regional/30552-ourinhos-em-chamas-ha-2-dias-usina-ainda-corre-risco-de-explosao
http://www.jornaldacidadejatai.com/index.php?CodPagina=30&CodBloco=16&CodConteudo=7909
http://www.ohoje.com.br/colunistas/xeque-mate/8956/incendio-em-usina-de-etanol-e-extintohttp://www.youtube.com/watch?v=ppomr8XFL9E
O que é importante ressaltar nesses acontecimentos é que as medidas de proteção das estruturas tem fator importante para minimizar os riscos inerentes ao armazenamento de substâncias inflamáveis como é o álcool. Contudo o risco sempre existirá (é parte da natureza do negócio) e outras medidas de gestão (como o acompanhamento de tempestades e de alertas de descargas atmosféricas nas proximidades dos locais de armazenagem) que devem ser também utilizadas pelos tomadores de decisão dessas empresas.
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